O Castelo de Amboise e o Clos-Lucé, a morada de Leonardo Da Vinci
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- joaquimnery
- 13 de maio de 2013
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- Destaques Europa França
Em nossa visita ao Vale do Loire, escolhemos Blois, nas margens do rio, como ponto de partida para as nossas jornadas. O motivo foi a localização estratégica, pois a cidade fica numa posição bem central em relação às atrações que iríamos ver.

Deixamos o carro no hotel e descemos andando pelas ladeiras de Blois em busca de um restaurante. A cidade estava surpreendentemente vazia, pouco movimentada. O nosso hotel ficava na parte alta de Blois e as ladeiras são íngremes, o movimento maior de pessoas fica na parte baixa, acho que tudo isso contribuiu para que não tivéssemos uma impressão tão boa da cidade.

Blois fica nas margens do Rio Loire e teve o seu apogeu a partir do século XV, quando passou a ser domínio real e sede da realeza. O Castelo de Blois é o monumento mais importante da cidade e teve a sua origem num passado remoto do século IX, pertenceu a inúmeros senhores feudais até chegar aos Duques de Blois. Em 1498, um deles se torna Rei e Blois passa ser a sede do reinado de Luís XII. Cem anos depois, Henrique IV transferiu a corte para Paris e a importância de Blois diminuiu bruscamente.

Decidimos começar o dia seguinte pela cidade de Tours, que fica no “coração” do Vale do Loire, de onde partiríamos para ver os primeiros Castelos. Tours é uma das mais importantes cidades do Vale do Loire, possui aproximadamente 150 mil habitantes. Uma população universitária jovem, que anima a cidade.

No século XV, Luís XI fez de Tours a capital da França, posição que ela rivalizou com Blois. A cidade sofreu muito durante a Segunda Guerra Mundial, mas foi recuperada a partir da década de 60.

A cidade fica nas margens dos rios Cher e Loire. O centro histórico da cidade é medieval e conhecido pelas casas com madeirame, pátios escondidos e torres vergadas.

Os destaque ficam por conta da Catedral de Saint Gatien com seus vitrais maravilhosos e do Museu de Belas Artes localizado no antigo palácio do arcebispo, com um belíssimo Cedro do Líbano no jardim.

Saímos de Tour e seguimos para Amboise, onde fomos visitar o Castelo que leva o nome da cidade e o Castelo Clos-Lucé que serviu de morada para Leonardo da Vinci.

O Castelo de Amboise fica numa situação privilegiada e bastante protegida, no alto de uma colina, às margens do Rio Loire, de onde se tinha uma ampla visão do rio. O acesso se dá por uma grande rampa que era utilizada para a subida de homens e cavalos.

Um dos principais moradores do Castelo de Amboise foi Francisco I, que levou Leonardo da Vinci para Amboise em 1515 e teve a sua companhia nos últimos anos de vida do artista. Leonardo da Vinci se tornou conselheiro e era protegido por Francisco I. Está enterrado aí no Castelo de Amboise, na Capela de Saint Hubert, pequena e charmosa é uma obra prima da arquitetura gótica.



Saímos do castelo de Amboise e seguimos andando para a segunda atração da cidade, o Castelo de Clos-Lucé, que serviu de morada para Leonardo da Vinci e onde está em exposição, várias maquetes de criações feitas pelo artista, como tanques de guerra, paraquedas, bicicletas, etc.

Leonardo chegou a Amboise com três das sua pinturas mais famosas: Monalisa, Sant’Ana e São João Batista. Aí ficou até o fim da sua vida em 1519. Viveu e trabalhou em Clos-Lucé. Diz-se que o Clos-Lucé está ligado ao Castelo de Amboise por uma passagem subterrânea.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Moysés Fraga
15 maio 2013A vontade é de poder tirar um ano inteiro de férias e aproveitar cada milímetro quadrado e cada segundo de lugares assim! Fantástico!