“Egito, uma dádiva do Nilo”
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- joaquimnery
- 1 de julho de 2019
- África Destaques Egito
21de abril de 2019
Estávamos na Jordânia, num resort à beira do Mar Morto, a 65 km do moderno Aeroporto Internacional Rainha Alia, de Amã. Pela manhã ficamos descansando no hotel, aguardando a hora do transfer para o aeroporto, onde pegamos o voo da Royal Jordanian para o Egito. O voo atrasou e chegamos ao Aeroporto Internacional do Cairo, no Egito, no final da tarde. O Aeroporto Internacional do Cairo é o segundo maior do continente africano, perdendo apenas para o de Johanesburgo.

O visto para entrar no Egito é retirado na hora, no aeroporto. Contamos com a ajuda de um representante da agência Via Alegria (www.viaalegria.com.br) e seguimos direto para o Hotel Le Passage. Muito bom. Ao lado do aeroporto. A função desses tipos de hotéis é servir como suporte para o aeroporto e atender aos passageiros que precisam apenas de um pernoite, como foi o nosso caso. Jantamos no bom restaurante do Le Passage e fomos dormir, pois no dia seguinte sairíamos na madrugada, para Luxor.

O Egito é um dos países mais desejados pelos turistas do mundo inteiro, sobretudo em função da sua magnífica riqueza histórica e arqueológica. Fica no extremo nordeste da África. É banhado a norte pelo Mar Mediterrâneo e a leste pelo Mar Vermelho. Faz fronteira com a Líbia a oeste, com Israel a leste e com o Sudão a sul. O Deserto do Saara ocupa cerca de 90% da sua área territorial e apesar disso o Egito tem quase 85 milhões de habitantes. A grande maioria deles, vivendo no Delta e no Vale do Rio Nilo. Apenas uma pequena minoria vive nos oásis espalhados pelo deserto.

Os egípcios da Antiguidade se estabeleceram ao longo do Vale do Rio Nilo a mais de 5 mil anos atrás e foram beneficiados pela incrível fertilidade dos solos nas suas margens, onde desenvolveram a agricultura, a partir de sistemas engenhosos de irrigação. O ciclo anual de cheias do Rio Nilo depositava sedimentos e repunha os nutrientes necessários para a manutenção da fertilidade das terras nas suas margens.

O resultado dessa agricultura abundante foi uma civilização sofisticada que pode se dedicar ao seu desenvolvimento ao longo dos milênios. As marcas históricas e arqueológicas estão por todos os lados ao longo do Vale do Nilo e gera um fluxo de turismo que é uma das principais fontes de receita do país, hoje em dia.

Os conflitos políticos, guerras e manifestações violentas, representadas sobretudo pelos desdobramentos da Primavera Árabe de 2011, além de alguns atentados, como o assassinato brutal de 58 turistas em 1997 e do sequestro de outros em 2007, afastaram os visitantes e o turismo despencou. Atualmente, o fluxo de turistas começa a se recuperar.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.