AS TUMBAS SAADIANAS NA MEDINA DE MARRAKECH
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- joaquimnery
- 5 de agosto de 2018
- Marrocos
12 de abril de 2018
Entramos mais uma vez na Medina de Marrakech e seguimos direto para visitar os túmulos Saadianos, uma das mais importantes atrações da cidade e uma joia da arquitetura marroquina.

O mausoléu foi construído pelo Sultão Saadiano Ahmed al-Mansour ed Dahbi, que não poupou despesas para erguer o seu próprio túmulo numa câmara com 12 pilares. O mármore foi importado da região de Carrara na Itália e posteriormente folheado a ouro.

Além do seu próprio túmulo, Al-Mansur construiu outros nos arredores do mesmo edifício, para os seus parentes mais próximos e outras celebridades. Príncipes, conselheiros e judeus de confiança ganharam destaque no conjunto funerário, mais próximo do coração do Sultão, que as suas esposas e filhos. O mausoléu da mãe do Sultão se destaca no meio do pátio e jardim.

Al- Mansur morreu em 1603, no auge do seu poder. Algumas décadas depois o Sultão Alauita Moulay Ismail ergueu grandes muralhas ao redor dos túmulos, para esconder a história dos seus antecessores. Os túmulos ficaram escondidos a abandonados por todos, pois o único acesso se dava por uma pequena passagem, até que fotografias aéreas expuseram a riqueza do mausoléu.

A visita às tumbas principais é um exercício de paciência, pois o acesso visual se dá por uma pequena porta, onde apenas duas pessoas por vez podem admirar os túmulos. As filas costumam ser grandes.

Saímos da visita aos Túmulos Saadianos e “mergulhamos” de vez no labirinto de ruelas da Medina de Marrakech. Os becos estreitos são charmosos e guardam verdadeiras obras de arte. O primeiro destaque fica para as portas das casas da Medina. Todas elas trabalhadas artisticamente e com detalhes diversos.

Passamos pelo Bairro Judeu com as suas casas típicas, onde havia um ponto comercial na parte de baixo e a residência da família no segundo piso.

Entre os becos e ruelas aparecem arcos decorados com arte marroquina por onde passam motocicletas a toda velocidade. Quando elas passam, turistas e cidadãos marroquinos precisam ficar espremidos contra a parede para se proteger. Os pilotos são acostumados a essas passagens e não existem relatos de acidentes frequentes.

Fizemos uma primeira parada em um autêntico supermercado de artesanatos, o Complexe d’artensanat ET’s Bouchaib, uma imensa loja de artesanatos e a única onde os preços estão expostos e não há barganhas e descontos. Na loja tem de tudo. Muitos produtos têm claramente uma aparência “chinesa”, mas dá para encontrar uma boa lembrança do Marrocos.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.