De volta à África
02 de agosto de 2015.
De todos os lugares que já visitei, a África é o que me traz mais emoções. Essa é a quinta viagem que faço ao continente. Dessa vez num roteiro preparado pela Agência Via Alegria. A expectativa era grande. Fomos a Ruanda, na África central, onde fizemos uma trilha para conhecer os “Gorilas das Montanhas”.

Em seguida voltamos mais uma vez, ao Quênia, onde assistimos à batalha épica entre os gnus e os crocodilos, na travessia do Rio Mara, um dos mais dramáticos espetáculos da vida animal.

Na terceira etapa da viagem visitamos a Cratera do Ngorongoro, na Tanzânia, um dos lugares mais desejados para os safaris na África. Já estive por lá em 2005, fiquei de voltar e fiz isso agora, dez anos depois.

Partimos de São Paulo, num voo de oito horas de duração, da South African Airways, até Johanesburgo. A partir daí, uma conexão de três horas e embarcamos, mais uma vez, numa aeronave da SAA com destino a Nairobi. Foram mais três horas e meia de voo.
O Aeroporto de Johannesburgo é o maior “hub” do continente africano. Atende a centenas de rotas que ligam o oriente ao ocidente pelo hemisfério sul. Possui uma boa infra-estrutura e excelentes lojas, sobretudo de artesanato africano. Para quem visita a África, é um dos melhores lugares para se conseguir artesanato de qualidade e obras de arte, além de outras lembranças mais simples. A loja Out Of Africa é uma das de maior destaque.

No voo entre Johanesburgo de Nairobi, o cansaço e o sono foram interrompidos pela imagem espetacular do lendário Monte Kilimanjaro emergindo a partir de um “mar” de nuvens. O Kilimanjaro fica no norte da Tanzânia, quase na fronteira com o Quênia.

Significa “Montanha Brilhante”, em Swahili, que é a língua oficial do Quênia e da Tanzânia, é a maior montanha da África, com mais de 5.800m de altitude, possui o pico coberto de neve apesar da localização equatorial, já foi cenário de filmes antológicos, como “As Neves do Kilimanjaro”.

Chegamos ao Quênia, um país da África Oriental, localizado nos entornos da linha do equador, com predominância para o hemisfério Norte. Possui cerca de 45 milhões de habitantes. As duas maiores cidades do país são Nairobi, que é a capital, e Mombasa. No século XIX, quando as fronteiras da África foram divididas por interesses coloniais europeus, o Quênia passou à condição de colônia britânica.

Chegamos a Nairobi, uma típica metrópole africana, com mais de 4 milhões de habitantes e grandes contrastes. No centro financeiro da cidade, torres modernas espelhadas, letreiros luminosos gigantescos, podem lembrar as grandes cidades das Américas. Grandes parques, prédios imponentes e avenidas largas.

Na periferia, a favela de Kibera, com esgotos a céu aberto, é uma das maiores do mundo e expõe os problemas sociais do continente. A cidade é caótica, possui um trânsito insuportável.

Os brasileiros que vão ao Quênia, precisam de visto, que é obtido aí mesmo no Aeroporto Jomo Kenyatta, de Nairobi. Preenche-se um formulário simples e paga-se uma taxa de U$ 50,00, em espécie.
Seguimos direto para o Southern Sun Mayfair, um bom hotel cassino, com uma excelente ambientação. A área externa do hotel possui grandes jardins, árvores centenárias, passando uma sensação de estarmos numa área rural da África.

À noite, fomos jantar no excelente restaurante Tatu, no hotel Norfolk Fairmont. O restaurante possui uma cozinha internacional, com destaque para as carnes, uma boa carta de vinhos e um serviço amável e eficiente. Uma opção imperdível em Nairobi.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
maria celeste cunha
21 ago 2015Mais uma extraordinária reportagem fotográfica. Parabéns.