Safari Fotográfico no Kruger Park
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- joaquimnery
- 14 de março de 2021
- África África do Sul Super Destaque
Saindo cedo para o safari
05 de julho de 1995
Estávamos no Hotel Melalane, hoje administrado pelo grupo Pestana, no interior do Parque Kruger, a maior reserva de animais da África do Sul. Esse seria o nosso primeiro dia inteiro de safaris no interior do Parque. Os safaris fotográficos precisam acontecer nas primeiras horas da manhã, ou no final da tarde, momentos em que a temperatura é mais amena e os predadores aparecem, pois saem para caçar. Nesses momentos, portanto, a chance de vermos os animais é maior, e se dermos sorte, podemos até presenciar uma cena especial, como uma caçada, por exemplo.

Saímos às 6:00h para o primeiro safari fotográfico do dia. O café da manhã seguiu conosco em caixas preparadas pelo hotel, para não perdermos tempo na saída. O nascer do sol foi um espetáculo à parte e logo cedo já começávamos a ver os primeiros animais: impalas, kudus, babuínos, outros macacos menores, girafas, zebras, gnus, javalis, crocodilos, hipopótamos, búfalos, etc.

O guepardo
O maior espetáculo do dia ficou por conta de um guepardo com dois filhotes que acompanhamos por algum tempo. O guepardo ou chita é um felino comum nas savanas africanas que fisicamente se parece bastante com o leopardo, mas com algumas características diferentes. Ao contrário dos leopardos, os guepardos, raramente sobem em árvores, preferem caminhar pelas savanas e costumam dormir sobre pequenas elevações, como formigueiros, de onde possam observar ao redor e se proteger de inimigos naturais.

As chitas têm uma cabeça pequena e aerodinâmica, além de pernas longas e uma coluna flexível. A sua grande cauda serve para dar estabilidade nas curvas. Tudo isso contribui para que eles tenham uma velocidade excepcional, sobretudo quando estão em perseguição às suas presas.

O guepardo é um predador que usa como estratégia principal a sua alta velocidade na perseguição à presa. Consegue alcançar até 115km/h. É considerado o mais rápido dos animais terrestres. A grande velocidade do guepardo se dá em corridas curtas, de até 500 metros, portanto para ter sucesso na sua caçada ele precisa se aproximar bastante da presa.

Skukuza
Outro momento espetacular foi quando uma manada de elefantes cruzou a estrada em nossa frente. Os safaris dentro do Kruger Park precisam obedecer a determinadas regras. Dentro do Parque é possível fazer safaris usando carros particulares ou ônibus. Esse era o nosso caso. Não podemos, porém, sair das estradas, o que às vezes nos deixa distante dos animais. Esse grupo de elefantes que cruzou a nossa frente possibilitou uma experiência maravilhosa, pois ficamos bem próximos dos animais.

Almoçamos no Skukuza Rest Camp, o centro administrativo do Kruger Park, uma espécie de “capital” do Parque Nacional, que também funciona como hotel. Fica no coração do Parque Nacional. Visitamos o interessante museu do Parque que conta a sua história e mostra fotografias de casos pitorescos, acidentes com animais, dentre outras curiosidades.

Após o almoço continuamos fazendo safari, em busca do Leão, que até aqui não tinha aparecido. A brincadeira dos safaris fotográficos é sair em busca e fotografar os “Big Five”, os animais mais respeitados pelos nativos africanos. Os Big Five são: O leão, o elefante, o leopardo, o búfalo e o rinoceronte.

No final da tarde chegamos ao Karos Lodge, hoje administrado pelo grupo Marriott, 80 km mais a norte da posição em que estávamos no Hotel Melalane, do outro lado do Parque. Um hotel com decoração rústica, mas também muito charmoso.

O jantar foi ao ar livre, ao redor de uma fogueira, onde os aventureiros têm a oportunidade de contar as histórias que testemunharam num dia inteiro de safari. Um dos pratos servidos foi um cozido de Antílope. Essa foi a nossa segunda noite dentro do Kruger Park.
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.