O Vale da Lua e o Vale da Morte no Deserto do Atacama
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- joaquimnery
- 28 de fevereiro de 2016
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- Chile
28 de dezembro de 2015
À tarde seguimos para conhecer duas das maiores atrações na região do Deserto do Atacama: o Vale da Lua e o Vale da Morte. Os dois vales estão interligados e ficam ao lado de uma área maior denominada de Cordilheira de Sal.

A Cordilheira de Sal é uma formação geológica especial. O seu nome deve-se à grande concentração de sal de origem geológica da região. Toda essa área da Cordilheira dos Andes, no passado já foi ocupada pelo mar. Com os movimentos geológicos na região, a cordilheira surgiu. Grandes áreas do oceano ficaram represadas formando lagos gigantescos. Com o passar do tempo a água foi evaporando, restando esse grande volume de sal impregnado na rocha e de origem geológica.

A primeira parada que fizemos nesse passeio foi para admirar o Vale da Lua de cima. Paramos numa localidade denominada de Pedra do Coyote. Um excelente mirante de onde pode-se ver o Vale da Lua e entender o porque da sua denominação. A Pedra do Coyote possibilita boas fotos.

O Vale da Lua está a 2.400 metros acima do nível do mar. Tem esse nome em função da paisagem lunar que apresenta, com formações rochosas raras, grutas de sal e grandes dunas na sua composição. O sol no verão é intenso e castiga bastante.

No caminho passamos pela formação rochosa conhecida como Três Marias. Uma escultura de rochas trabalhada pelos agentes de erosão, que lembra três mulheres rezando.

Seguimos caminhando pelo Vale da Lua onde encontramos minas de sal abandonadas com vestígios da recente ocupação humana na região. Ruínas de casas dos mineradores que exploravam essas minas. Os cristais de sal estão presentes ao longo da caminhada.

Seguimos para o Vale da Morte, com extensas paisagens de dunas enormes e picos esculpidos na rocha vermelha. O Vale da Morte é um dos lugares mais secos e inóspitos do planeta. Não existe sinal de vida por aí.

Paramos nas encostas de uma das dunas do vale para aguardar o por-do-sol. Um dos programas desse passeio. Brindamos com vinhos e degustamos queijos, mas o vento implacável não dava trégua e tentava estragar a festa.

Quando o sol começa a se por, o reflexo da luz no vulcão Lincancabur resulta em um colorido todo especial.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (2)
Maria Aparecida
29 fev 2016Muito bonita a sua descrição da excursão ao deserto de Atacama! Adorei.
mariel
28 fev 2016Cada lugar, senhor! Cada foto! Meu início de semana foi inspirado por ti!