KETCHIKAN, A CAPITAL DO SALMÃO NO ALASCA
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- joaquimnery
- 19 de fevereiro de 2018
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- Alasca Estados Unidos da América
26 de agosto de 2017
No quinto dia de cruzeiro no navio Norwegian Sun, ancoramos no centrinho de Ketchikan. A pequena cidade da costa do Alasca fica ainda menor, com os navios gigantes ancorados no seu porto, bem no centro da cidadezinha. Quem sai dos navios já pisa no calçadão do centro, cheio de lojas de artesanato, joalherias, galerias de arte, bares e restaurantes.

Ketchikan é a última parada da Inside Passage, para os cruzeiros que vêm de Seward no sentido sul, com destino ao Canadá. Nos arredores do porto, uma grande quantidade de barcos de pesca, ferryboats e hidroaviões circulam freneticamente para todos os lados. A cidade que possui pouco mais de 8 mil habitantes, recebe cerca de 12 mil turistas por dia, na temporada dos cruzeiros do Alasca.

Uma das suas principais atrações é o charmoso distrito de Creek Street, uma antiga área de prostituição cheia de palafitas de madeira, com fachadas coloridas com tons fortes, ligadas por uma passarela de madeira.

Ao lado do portal de entrada da Creek Street ficam vários pescadores amadores ou não, aproveitando a fartura de salmões que existem por aí, sobretudo nessa época do ano. Ketchikan é conhecida como a “Capital do Salmão”, do Alasca.


Ketchikan é famosa também pela grande quantidade de totens que possui, muitos deles no centro da cidade.

O navio vende vários tipos de passeios em Ketchikan. Optamos por um que prometia ficar cara a cara com os ursos-negros. Só não sabíamos que seria tão verdadeiro. A aventura começa com um voo de 20 minutos em hidroavião pilotado por um veterano do Alasca.

O voo é panorâmico e possui uma vista estonteante, o pequeno avião quase toca a copa das árvores, nas encostas das montanhas. Só ele já valeria a pena. Sobrevoamos fiordes e lagos até chegar a uma pequena enseada onde um guia de floresta nos esperava, armado apenas com um spray de pimenta anti-urso. O nosso grupo era pequeno e começamos a seguir a trilha na borda da enseada.

O primeiro fenômeno que presenciamos foi a enorme quantidade de salmões que sobem os rios para fazer a desova nessa época do ano.

Quando estávamos observando os salmões, o guia chamou a atenção para o primeiro urso que vimos. Estava no alto de uma árvore, a 20 metros da nossa posição, observando salmões e turistas curiosos.

Depois seguimos pela trilha até um descampado onde existe um pequeno observatório para uma das cenas mais desejadas para quem visita o Alasca. Um pequeno rio com corredeiras, cheio de salmões e dezenas de ursos negros pescando nas corredeiras.

Gaivotas e águias-carecas ficam nos arredores para aproveitar as carcaças deixadas pelos ursos.

O urso-negro é um animal grande e feroz. Nessa época do ano, fim do verão, se alimenta sobretudo dos salmões que são abundantes na região. Isso permite um grande acúmulo de gordura que possibilita a hibernação durante o inverno, numa toca, feita em tocos de árvores, ou no chão. Quando acorda, no início da primavera, a fome é intensa e ele come tudo que encontra pela frente, desde pequenos animais, raízes, gramíneas, peixes, etc. Apesar do peso, possui grande habilidade para subir em árvores.


Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Anônimo
20 fev 2018Viagem dos sonhos de muiitas pessoas…inclusive eu kkkkk