O MAGNÍFICO ENCONTRO COM O GLACIAR HUBBARD
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- joaquimnery
- 19 de novembro de 2017
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- Alasca Estados Unidos da América
22 de agosto de 2017
Em nosso primeiro dia de cruzeiro, tivemos um dia inteiro de navegação pela costa do Alasca. O navio segue por entre canais e muito próximo da costa, o que permite uma viagem sempre panorâmica. A paisagem ao lado é magnífica. Estava previsto para esse dia uma entrada no Fiorde de Russel onde iríamos ver o Hubbard Glacier.

Esse foi o roteiro que fizemos com o navio Norwegian Sun.
Dia 1: Saída de Seward no Alasca
Dia 2: Dia inteiro de navegação
Dia 3: Icy Strait Point e vila do Hoonah – Foi daí que fizemos o melhor passeio para avistagem de baleias jubarte e orcas.
Dia 4: Juneau – Visita à capital do Alasca
Dia 5: Skagway – A lendária cidade que deu início à Corrida do Ouro do Alasca
Dia 6: Ketchikan – Foi daí que partimos de hidroavião para o santuário dos ursos negros.
Dia 7: navegação pelo Inside Passage, uma das mais belas navegações de cruzeiros que existe no mundo.
Dia 8: Chegada e desembarque na maravilhosa cidade de Vancouver no Canadá.

A grande expectativa do dia estava na navegação pelo Fiorde de Russel e no encontro com o gigante Hubbard Glacier, ou Glaciar Azul, o maior que iríamos ver nessa viagem e o maior do Alasca, em contato direto com o mar, esse tipo de glaciar recebe o nome de “tidewater”. Quando entramos no golfo onde iríamos encontrar com o Hubbard, a temperatura diminuiu significativamente. Já era o “gigante” se apresentando para os passageiros do Cruzeiro. Um vento frio e uma chuva fina, insistente, dificultava a permanência nas áreas externas do navio, mas estávamos ali para isso e não dava para desistir, não teríamos outra chance. O jeito foi encarar o frio do Alasca de uma vez e ter essa história para contar.

Os glaciares são formados a partir da compactação da neve que se transforma em cristais de gelo que vão sendo compactados ao longo do tempo. Possuem uma coloração azulada e formas variadas, transformando a paisagem num momento mágico. A massa de gelo avança e sofre contrações em épocas diferentes, a depender do maior ou menor acúmulo de neve no inverno. Pode ter centenas de quilômetros de extensão e centenas de metros de espessura. Todos os anos as nevascas renovam parte da massa de gelo derretida. As geleiras, ao longo dos anos, escorrem lentamente pelas encostas das montanhas, como consequência do seu peso. Quando o glaciar se encontra com o mar, imensos blocos de gelo vão se quebrando. O barulho é espetacular. Os blocos flutuam na água, formando pequenos icebergs e o glaciar faz o show.

Com o aquecimento global, o tamanho dos glaciares vem diminuindo consideravelmente e isso acontece com o Hubbard, que se origina 122 km continente a dentro. O gelo leva aproximadamente 400 anos para percorrer todo o trajeto do glaciar, montanha a baixo.

As montanhas ao lado do Glaciar completam a paisagem magnífica e isolada. O navio deu um show quando se aproximou do Hubbard. Chega muito próximo e num golfo muito estreito. Em seguida faz um giro duplo de 360º, muito lentamente, para que todos os passageiros possam contemplar o “gigante” de diversos ângulos.

Ficamos muito tempo no convés gelado, observando o glaciar e resistindo ao frio. Depois descemos para a cabine onde ficamos nos deliciando com aquela paisagem divina, degustando um bom vinho.


Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (3)
joaquimnery
09 ago 2018Olá Samantha,
Pegamos um frio moderado, sempre com temperaturas positivas, variando de 5 a 15 graus. No glaciar Hubbard a sensação térmica no convés do navio é de muito frio, mas foi o único local que ficou desconfortável, mas não dá para ir ao Alasca e não comemorar temperaturas “extremas”. Um bo casaco impermeável, luvas e gorro resove.
Um abraço,
Joaquim Nery
Samantha
09 ago 2018Show! Era frio de quantos graus? Preparando a mala hahhahha
Vancouver tá 30 graus! Não sei o q faço!
Anônimo
20 nov 2017Muito obrigada pela bela e apaixonante partilha.
Cumprimentos.