Washington, a cidade dos museus
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- joaquimnery
- 30 de abril de 2016
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- América Estados Unidos da América
24 de março de 2016
Destinamos esse dia para visitar alguns dos museus do complexo Smithsonian, que ficam nos arredores da região conhecida como The Mall, um grande “boulevard” cercado por elegantes residências diplomáticas, com um “que” de arquitetura parisiense, delimitado por largas avenidas e que ligam o Capitólio ao Monumento a Washington.

O britânico James Smithson nunca visitou os EUA, apesar disso, em 1836, doou toda a sua fortuna e acervos que colecionava para o Fundo de Washington, em nome do Instituto Smithsonian, com o compromisso de que seria utilizada para a construção de museus e que esses deveriam ser gratuitos para a visitação pública e administrados pelo governo Norte Americano.

O resultado de tudo isso foi o surgimento da fundação Smithsonian e a criação de um complexo gigantescos de museus, que acabou se transformando na “cara” da cidade de Washington. O Castelo Smithsonian fica no centro do The Mall e no meio do complexo de museus. O edifício laranja, de arquitetura vitoriana é a sede do Instituto Smithsonian.

São dezenas de museus e galerias, com os mais variados temas. Desde o Museu da História Americana até galerias de arte contemporânea, como o Hirshhorn Museum. A maioria desses museus e galerias aparecem ao longo do The Mall.

O primeiro que visitamos foi o Museu Nacional da História Americana, que possui um acervo relacionado ao passado do país. Escolhemos o Museu Nacional da História Americana pelo caráter exclusivo. Somente aqui encontraríamos um Museu com esse tipo de acervo. Apresenta uma série de alas destinadas à história dos Estados Unidos. Começamos a visita pelo último nível, onde aparecem as salas dedicadas às guerras enfrentadas pelo país. Essa ala é denominada “O Preço da Paz”, a maior exibição desse andar.

As guerras aparecem numa sequência cronológica, a começar pela Guerra da Independência dos Estados Unidos, depois as guerras contra os franceses e contra os índios, a Guerra da Secessão (A Guerra Civil Americana). Existem ilustrações, mapas, documentos, cartazes e muito mais elementos dedicados à preservação da memória desses momentos da história do país.

Na sequência vem as alas destinadas à Primeira e à Segunda Guerra Mundial, com destaque para a participação dos Estados Unidos nessas duas guerras: a guerra no Pacífico e na Europa. A destruição de Hiroshima está presente numa grande foto do Museu. Merecem destaque também a Guerra do Vietnam e a Guerra da Coréia.

Existe no Museu da história americana, uma seção dedicada aos presidentes dos Estados Unidos e outra para as Primeira Damas. Destaque para o Presidentes que morreram durante o mandato, sendo que quatro deles foram assassinados: Abraão Lincoln, e John Kennedy os mais famosos.

Um andar inteiro é destinado à evolução industrial americana, com destaque para a energia elétrica e para o desenvolvimento do sistema de transportes (trens, ônibus e automóveis).

Saímos daí e continuamos andando para o segundo museu que iríamos visitar. Caminhar pelo The Mall já é uma delícia. Uma enorme avenida, com parques, jardins, uma vista privilegiada. De um lado o Capitólio, do outro o Obelisco (Memorial a Washington).

No caminho, o Hirshhorn Museum, uma grande galeria de arte moderna e contemporânea. A arquitetura moderna do prédio desse museu já chama a atenção. Lembra um “disco voador”. Na área externa, o Museu continua com os Jardins das Esculturas, com obras espetaculares de Alexander Calder, Auguste Rodin, Henri Matisse e muitos outros.

O segundo que visitamos foi o. Um dos mais concorridos do complexo Smithsonian. Na Semana Santa, quando estávamos em Washington, acontece um longo feriado nacional para as escolas americanas, o “Spring Break”. A cidade estava lotada de estudantes e famílias que foram aproveitar o feriado prolongado. O Museu Aero Espacial era o preferido da meninada.

O Museu é formado por imensos salões, amplos, que se adequam à exposição de aviões, balões, foguetes, etc. É o maior museu sobre esse tema que existe no Mundo. Possui áreas destinadas às conquistas espaciais americanas, onde aparecem reproduções e peças originais dos módulos espaciais que foram até a lua, marte e outras aventuras capitaneadas pela NASA. Dentre eles o módulo da Apolo 11, que trouxe de volta os astronautas que pisaram na lua pela primeira vez: Aldrin, Collins e Armstrong.

Outro destaque do Museu Nacional Aero Espacial fica para os aviões que participaram da Segunda Guerra Mundial, como o que foi utilizado pelos Kamikazes japoneses no ataque a Pearl Harbour. Existem exemplares dos destaque americanos, ingleses e alemães na Segunda Guerra também.

Num dos salões do museu aparece uma mostra fotos e pedaços de rochas tiradas do solo lunar. O Museu é interativo e bem ilustrado. Chama a atenção as representações dos planetas do Sistema Solar.

O último que visitamos foi o Museu Nacional dos Índios Americanos dedicado a história dos povos nativos das Américas e das principais tribos americanas, os conflitos com os descendentes de europeus ao longo da ocupação do território, sobretudo relacionado com a conquista do Oeste. Personagens antológicos da história indígena dos Estados Unidos, como o Apache Gerônimo e o Sioux Cavalo Louco, estão aí representados.

No Museu do Índio Americano, é possível comprar artesanato das principais tribos indígenas, como os Najavos e os Sioux. Existe uma ala também destinada aos povos pré-colombianos das Américas.

À noite fomos jantar no 701, um bom restaurante, com cozinha internacional e música ao vivo, na área mais agitada de Washington. Avenida Pennsilvania, 701.

- Abraão Lincoln
- Aldrin
- Alexander Calder
- Apache
- Apolo 11
- Armstrong
- Auguste Rodin
- Capitólio
- Cavalo Louco
- Collins
- Estados Unidos
- Estados Unidos da América
- EUA
- Gerônimo
- Guerra Civil Americana
- Guerra da Coréia
- Guerra da Secessão
- Guerra do Vietnam
- Henri Matisse
- Hirshhorn Museum
- Instituto Smithsonian
- James Smithson
- John Kennedy
- Kamikazes
- Monumento a Washington
- Museu Aero Espacial
- Museu da História Americana
- Museu Nacional dos Índios Americanos
- Museus Smithsonian
- Najavos
- O Preço da Paz
- Pearl Harbour
- Restaurante 701
- Segunda Guerra Mundial
- Sioux
- Smithsonian
- Spring Break
- The Mall
- Washington
- Washington DC
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
mariel
30 abr 2016Gente, que viagem, que post, que cidade legal