Malásia, por Nando e Pri por aí
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- joaquimnery
- 3 de outubro de 2016
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- Malásia
A Malásia entrou no nosso roteiro pelo sudeste asiático, meio que por acidente. O aeroporto de Kuala Lumpur, sua capital, é um dos principais centros de conexão entre os países asiáticos. Por conta disso aproveitamos a grande oferta de voos para os próximos destinos e resolvemos parar dois dias na cidade para conhecer um pouco da cultura local.
Brasileiros não precisam de visto e têm autorização para permanência de até 90 dias no país. Exige-se apenas passaporte com validade de pelo menos 6 meses. O processo na imigração foi rápido e eficiente.
A Malásia é um país de maioria muçulmana e por isso fique atento a alguns hábitos e costumes locais. No metrô, existem carros exclusivos para mulheres. É recomendável para as meninas roupas que cubram ombros e o colo. Para entrar nos templos Hinduístas, outra religião comum no país, nada de pernas de fora. Para os rapazes, recomenda-se bermuda que cubra o joelho e nada de camiseta estilo regata. Não tivemos problema algum com relação aos costumes mas é sempre bom ficar atento e respeitar a diversidade cultural.
A moeda local é o Ringgit Malaio mas o dólar americano é bem aceito em hotéis e restaurantes turísticos. Trocamos dólares australianos pela moeda local em casas de câmbio próximas ao hotel.
Escolhemos nosso hotel estrategicamente no centro da cidade próximo a linha de metrô que oferece cobertura suficiente para os principais pontos de interesse em Kuala Lumpur. Bem próximo à Chinatown e ao Central Market, centros de compra de artesanato local, o hotel ainda tinha fácil acesso ao free bus oferecido pela prefeitura para turistas mas que é bastante frequentado pelos malaios, em geral.

Nossa primeira parada em Kuala Lumpur foram as Batu Caves. A viagem dura cerca de 40 minutos de metrô saindo da estação Sentral (com S mesmo). As cavernas ficam há cerca de 13 km de Kuala Lumpur, no distrito de Gombak. A entrada no templo principal é gratuita mas há mais dois templos onde é preciso pagar uma taxa para entrada. O magnífico sistema de cavernas de mais de 400 milhões de anos é sede de templos Hindus. Ficamos completamente impressionados com os 42, 7 metros de altura da estatua do deus Hindu Murugan. Para se ter uma ideia da grandiosidade dessa escultura, o Cristo Redentor tem apenas 30 metros. Ainda, foram usados mais de 300 litros de tinta dourada para pintura dessa colossal obra.

Para acesso às cavernas é preciso subir cerca 272 degraus, muitas vezes, num calor de 36 C, mas que valem cada suspiro dado. Atenção para os macacos durante a subida. É recomendável não levar comida na mão e ter cuidado redobrado com óculos, maquinas ou qualquer coisa que possa ser facilmente levado pelos ágeis animais. No topo da montanha encontramos o templo Hindu repleto de altares e esculturas coloridas. Tudo muito bonito. Não visitamos a segunda caverna no topo da montanha. Existe a opção de um tour guiado com a chance de ver animais endêmicos da região como aranhas e morcegos.

O terceiro templo do complexo fica na base do monte, próximo a estação de metrô. Pagamos a taxa de entrada, valor irrisório, e adoramos o que vimos. Dentro da caverna está retratado uma lenda Hindu com esculturas coloridas fascinantes.


A visita às Batu Caves não dura mais do que 3 horas. Para a volta ao centro da cidade pegamos o metrô no sentido contrário. De volta a Kuala Lumpur fomos surpreendidos por uma tempestade! Pensamos ser nosso primeiro encontro com as temidas monçōes asiáticas, mas após 20 minutos de chuva forte descobrimos que chuva ao fim do dia em KL é algo corriqueiro devido ao calor e umidade.
No dia seguinte acordamos mais tarde e seguimos para o Central Market, centro de artesanato e culinária local. Espaço bem aconchegante com produtos de origem malaia, chinesa e indiana. Tudo muito barato. De lá, pegamos o Free Bus com destino ao Bukit Bintang, centro comercial repleto de grifes internacionais de origem ocidental. O lado glamouroso de KL nos impressionou e por um momento pensamos estar em Paris ou Milão.

Mais uma vez pegamos o Free bus e seguimos para as Petronas Towers, conhecidas como KLCC. As torres foram inauguradas em 1998 como as maiores torres do mundo mas hoje aparecem em 11 lugar. Não subimos mas é possível fazer o tour. Reservar com antecedência é imprescindível.

Passamos a tarde no agradável parque que fica atrás das torres, no intuito de ver a fantástica iluminação noturna dos prédios. Aproveitamos ainda para ir ao Sky Bar, que fica no topo de um hotel próximo e que tem uma vista perfeita das Petronas.

A espera valeu super a pena pois à noite elas ficam ainda mais magníficas. Assistimos ainda um show de fontes luminosas no complexo. Pegamos o Free bus pela ultima vez com destino ao Hotel. Na manhã seguinte partimos rumo ao Cambodja. Nos despedimos de Kuala Lumpur com a vontade de voltar com mais tempo para explorar esse país encantador.


Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
mariel
03 out 2016Que lugar lindo