A segunda parte de um City Tour por Brasília
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- joaquimnery
- 25 de dezembro de 2021
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02 de outubro de 2021
A Esplanada dos Ministérios
Seguimos com o City Tour por Brasília, passando pela Esplanada dos Ministérios, no centro do Eixo Monumental, a extensa avenida que divide as “Asas” de Brasília ao meio. Foi criada por Lúcio Costa, o engenheiro urbanista que projetou Brasília. Fica no centro do Plano Piloto da capital. É literalmente o corpo do “avião” que forma o desenho urbano da cidade. São 16 km de extensão, ligando a Praça dos Três Poderes à antiga Rodoferroviária de Brasília.

Nas margens do Eixo Monumental aparecem muitos dos principais prédios públicos de Brasília, destacando-se os dezessete edifícios dos ministérios, desenhados por Oscar Niemeyer, cada um deles com os seus anexos, além de outros equipamentos culturais, esportivos, áreas de lazer e prédios institucionais. O imenso gramado no centro do Eixo Monumental, costuma receber manifestações de protestos, apresentações cívicas públicas, além de feiras, espetáculos e competições esportivas.

O Eixo Monumental de Brasília possui 250 metros de largura, com duas pistas de seis faixas para veículos para cada uma, cortado por outro grande eixo rodoviário, o residencial, que se cruzam no marco zero da cidade onde deveriam fazer a forma de cruz. A obrigatoriedade de inclinar o Eixo residencial, em função da formação do Lago Paranoá, deu a Brasília a forma de um “avião”.

O Palácio do Congresso
Na parte final do Eixo Monumental aparece o Palácio do Congresso Nacional, o edifício construído para sediar o Congresso Nacional do Brasil. Um dos maiores símbolos arquitetônicos da cidade. O conjunto é uma das obras primas do arquiteto Oscar Niemeyer, com projeto estrutural do engenheiro Joaquim Cardozo. Fica entre a Esplanada do Ministérios e a Praça dos Três Poderes.

No desenho arquitetônico foi projetado um bloco horizontal com uma semiesfera a esquerda, onde fica o plenário do Senado Federal e um hemisfério à direita, onde fica o plenário da Câmara dos Deputados. No meio desses dois elementos aparecem duas torres gêmeas de escritórios, com 100 metros de altura denominado de anexo 1. Hoje, essa estrutura não é mais suficiente em função do aumento da quantidade de gabinetes para assessores. Existem edifícios vizinhos que atendem a essa estrutura e que são conectados por túneis. No fundo do Palácio do Congresso fica a Praça dos Três Poderes.

A Praça dos Três Poderes
A Praça dos Três Poderes fica cercada pelos Palácio do Congresso Nacional, sede do Poder Legislativo, O Palácio do Supremo Tribunal Federal, sede do Poder Judiciário e o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, cada edifício ocupando um dos vértices da Praça. A Praça possui um piso em pedra portuguesa, que no dia em que estivemos por lá, apresentava sinais de abandono e má conservação, o que é uma pena, pois é um dos principais pontos de atrativos turísticos de Brasília.

A Praça dos Três Poderes, como quase tudo na Brasília original, foi concebida pelo engenheiro urbanista Lúcio Costa, os prédios desenhados por Oscar Niemeyer e os projetos estruturais pelo engenheiro Joaquim Cardozo.

Além dos Três Palácios principais, um dos símbolos da praça é o “Monumento aos Candangos”, criado em 1959 pelo artista plástico Bruno Giorgio, que fica em frente ao Palácio do Planalto. Originalmente a obra era denominada de “Os Guerreiros”, mais tarde substituída por “Os Candangos”. Candango é expressão utilizada para designar os brasileiros que foram trabalhar na construção de Brasília, a maioria deles oriundos do Nordeste brasileiro. Verdadeiros guerreiros de uma obra “faraônica”.

O Museu Histórico de Brasília
Além dos edifícios dos três Palácios, destaca-se na praça, o Museu Histórico de Brasília, ou Museu da Cidade, o mais antigo da capital federal, construído para contar a história da construção de Brasília. O edifício em concreto armado, fica em balanço e também foi projetado por Oscar Niemeyer.

Na parede externa do Museu aparece um busto de Juscelino Kubitschek, do escultor José Alves Pedroza, destacando-se uma frase em sua homenagem que diz, “Ao Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desbravou o Sertão e ergueu Brasília com audácia, energia e confiança. A homenagem dos pioneiros que o ajudaram na grande aventura”. Acima do busto, existe uma frase de JK em que ele diz “Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”.

No interior do Museu destaca-se uma maquete de Brasília, textos que contam as histórias heroicas da obra de construção, desenhos originais de Lúcio Costa e de Oscar Niemeyer, além de reproduções do Plano Piloto.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.