Ouro Preto, a Vila Rica de Minas Gerais
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- joaquimnery
- 26 de setembro de 2021
- Brasil Minas Gerais Super Destaque
10 de agosto de 2021
A chegada em Ouro Preto
Saímos de Belo Horizonte pela manhã e pegamos a estrada para Ouro Preto onde passamos duas noites e na sequência seguimos para Tiradentes. Estávamos num grupo de oito pessoas e dividimos a turma em dois carros alugados junto à Localiza. Seguimos pela BR 356, por 101 km, que percorremos em pouco mais de 2 horas. Chegamos em Ouro Preto ainda no final da manhã e o aplicativo Wase nos ajudou a encontrar o Hotel Solar do Rosário.

Ouro Preto é uma cidade absolutamente cheia de ladeiras e sentimos isso logo na chegada. O caminho que o Wase nos ofereceu seguiu por ladeiras íngremes e estreitas. Achamos, por vezes que havia algum equívoco do aplicativo, mas ele nos conduziu diretamente para a garagem do Solar do Rosário. Como a cidade é tombada pelo Patrimônio Histórico da União, os hotéis e Pousadas precisam de criatividade e investimento para viabilizar um parque de estacionamento, mesmo que pequeno. O do Solar do Rosário fica no meio de uma ladeira contígua ao hotel e é acessado por uma grande escadaria. Ao deixar o carro no estacionamento, já começamos a perceber os detalhes de Ouro Preto.

O hotel é excelente. Fica num antigo casarão do século XIX, que teve várias funções ao longo da sua história. Funcionou como mercado e alojamento estudantil. Foi completamente adaptado para se transformar numa pousada de charme. Com uma localização bem central, estávamos no lugar certo, ao lado da bela Igreja do Rosário, um dos cartões postais de Ouro Preto.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos é simplesmente conhecida como Igreja do Rosário. É tombada pelo Patrimônio Histórico da União. Foi fundada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos na segunda metade do século XVIII. É considerada como um dos maiores exemplos do barroco colonial mineiro. Fica numa localização privilegiada, numa parte destacada de uma das colinas de Ouro Preto.

Depois que demos entrada nos apartamentos, encontramos com o excelente guia Edson “Bolinha” (031) 98511-8894 que havia sido recomendado por amigos da Bahia. Acertamos em seguir as recomendações pois o Bolinha mostrou muito conteúdo e cuidado com o seu trabalho. Combinamos o passeio que faríamos no dia seguinte e recebemos as primeiras orientações sobre a cidade.

Depois de uma pequena reunião na recepção do Hotel, seguimos caminhando e o Bolinha foi conosco para indicar um bom restaurante onde deveríamos almoçar. Seguimos pelos becos e ruelas de Ouro Preto, subindo e descendo ladeiras e ficamos encantados em ver que a cidade estava muito bem preservada e com o seu patrimônio bem cuidado.

Passamos pela Casa dos Contos, considerada como um dos mais belos casarões coloniais da cidade. Foi construída em estilo barroco mineiro. Hoje foi transformada em museu e que tem como objetivo preservar a história do Ciclo do Ouro de Minas Gerais. A Casa dos Contos estava fechada para visitação em função da pandemia da COVID 19. O turismo nesse final de pandemia tem esse tipo de inconveniência.

A Praça Tiradentes
Subimos e descemos ladeiras até que chegamos à Praça Tiradentes, na parte mais central da cidade e o seu marco maior. A Praça é cercada por prédios históricos famosos e tem em lados opostos: O Museu de Ciências e Tecnologia de um lado, no prédio onde funcionava o antigo Palácio dos Governadores e a antiga Casa da Câmara e Cadeia do lado oposto, onde funciona hoje, o Museu da Inconfidência. Ambos estavam fechados para visitação por conta da pandemia da COVID 19.

A Praça ficava no centro de Vila Rica, a atual Ouro Preto e foi o local onde a cabeça do mártir da Independência, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ficou exposta ao público, em 1792. Hoje existe no local, um monumento em homenagem a Tiradentes, que fica de costas para a então residência oficial do Governador de Minas Gerais.

Seguimos um pouco adiante, sempre conduzidos pelo guia “Bolinha”. Paramos num pequeno mercado de artesanatos em frente à Igreja de São Francisco de Assis. O destaque da “feira” é o conjunto de peças feitas em pedra-sabão, uma característica da região de Ouro Preto.

Chegamos finalmente ao bom Restaurante Bené da Flauta, onde se serve uma das principais comidas típicas de Ouro Preto, com destaque para o Tutu a Mineira. O nome do restaurante é uma homenagem a um personagem lendário de Ouro Preto, que se tornou famoso nos festivais de inverno, tocando flauta artesanal que ele mesmo fabricava. Acompanhamos o almoço, degustando uma saborosa e imperdível cachaça mineira.

Após o almoço, voltamos para o hotel, pois a caminhada era longa e demorada, a tentação era entrar em cada loja para admirar os produtos de Minas e tomar um belo café passado na hora.

À noite fomos para o excelente restaurante Passo Pizza Jazz. Uma boa pizzaria, mas com um cardápio a la carte opcional de excelente qualidade e uma boa música ao vivo.

Ouro Preto, a mais importante cidade histórica de Minas Gerais
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- Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.