Atravessando os Alpes em direção à Itália
13/01/1992
Saímos do hotel pela manhã bem cedo, às 8h, com destino a Veneza. Atravessamos a Cordilheira dos Alpes Austríacos até a fronteira com a Itália onde a paisagem conseguia ficar ainda mais encantadora. Lagos e rios congelados. A altitude aumentava e o frio também, os depósitos de neve eram cada vez maiores. Carros, pontes e casas cobertos de neve.

Logo no início do território italiano começaram a aparecer castelos e outras ruínas e construções romanas. Os povoados, são, nessa época dedicados às estações de esqui.

Chegamos a Cortina d’Ampezzo, uma cidadezinha charmosa, encravada num vale dos Alpes Italianos, na região das Dolomitas, assim denominada por causa das formações rochosas coloridas e abruptas que apresenta. Almoçamos uma “pasta” italiana no restaurante Charlie Chaplin e seguimos rumo a Veneza. O dia estava lindo e as ruas congeladas.

Passamos muito pouco tempo em Cortina D’Ampezzo, mas ela nunca saiu da nossa mente. A cidade é encantadora e um dos principais centros para a prática de esqui da Itália. O contraste do branco da neve com o colorido das rochas é incrível.

Descemos os Alpes até a Planície do Rio Pó, onde chegamos a Veneza. A cidade foi construída sobre cerca de 200 ilhas que formam um arquipélago num delta secundário que deságua numa grande laguna que cerca a cidade. As águas dos canais são salgadas.

O ônibus nos deixou na Praça Roma e seguimos a pé arrastando as malas, por entre pontes e ruas estreitas até o Hotel Príncipe, nas margens do Grande Canal. No centro histórico de Veneza não circulam carros, bicicletas ou motocicletas. As pessoas andam a pé ou de barco.

Saímos do hotel e circulamos pelas ruas de Veneza quando decidimos ir até a Praça de São Marcos. Eram 20h. Pegamos um Vaporetto (barco que faz serviço de transporte coletivo entre os canais) que nos deixou ao lado da Praça.

Todo o sistema de transporte no interior da parte insular de Veneza é feito de barco. Os “Vaporettos” são barcos que funcionam como transporte público através de Grande Canal, com várias paradas nas margens, onde as pessoas podem subir ou descer do barco. O ticket é caro, mas tudo em Veneza é assim, por motivos óbvios. No caminho o Vaporetto sai do Canal e passa pela Grande Laguna.

A Praça é monumental. Um enorme palácio em forma de “U”, com o Campanário numa ponta e a Catedral de São Marcos em frente.

Do outro lado da Praça, duas enormes colunas, uma com o Leão de São Marcos e a outra com São Teodoro e o Dragão, marcam o local onde eram executados os prisioneiros condenados à morte. A fachada estava em reforma, o que prejudicou um pouco a nossa visão. O frio era terrível.

Voltamos de Vaporetto pelo Grande Canal, onde mesmo com o frio intenso ficamos do lado de fora para ver os Palácios iluminados (são cerca de 200) e as pontes que dão o charme de Veneza. Fomos jantar uma pizza no hotel e depois dormir.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (2)
Anônimo
06 dez 2014Concordo plenamente que todas as pessoas deviam ir a Veneza,estive lá no verão é de facto muito lindo
Ilza
02 set 2014Tudo muito lindo, conheço Veneza e digo nenhum ser humano deveria morrer sem antes conhecer Veneza. Bjs.