“Bate e volta” para Évora – parte II
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- joaquimnery
- 22 de novembro de 2022
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30 de junho de 2022
O Templo Romano de Évora
Saímos de Lisboa para um passeio “bate e volta” com destino a Évora. Depois de visitar a magnífica Catedral da cidade, seguimos caminhando pelo centro histórico e fomos até o Templo Romano de Évora, erroneamente conhecido como Templo de Diana. É um Monumento Nacional e um dos marcos mais importantes relacionados com a presença do Império Romano em Portugal. O Templo de Évora data do século I d.C., quando a Península Ibérica estava sob o domínio do Império Romano.

A loja da Cartuxa
Seguimos andando pelo centro histórico, cheio de lojas de artesanato e lembranças do Alentejo. Um dos atrativos da região do Alentejo e em especial da cidade de Évora é a cultura vinícola. O destaque maior fica para a Adega Cartuxa, localizada a 10 minutos do centro da cidade. Esse não era o nosso foco, mas não resistimos e passamos na loja da Cartuxa localizada bem pertinho do Templo Romano. Pudemos comprar produtos da vinícola, além de azeites, presuntos e enchidos da Lagar Cartuxa.

Praça do Giraldo
Passando por ruelas e becos, chegamos à Praça do Giraldo, a principal da cidade. Todos os caminhos de Évora levam até lá. É um marco histórico ao redor da qual a cidade cresceu.

A Igreja de São Francisco de Évora
Descendo um pouco mais, chegamos à famosa Capela do Ossos, a maior atração turística de Évora. A Capela fica integrada ao Convento e Igreja de São Francisco de Évora, um Monumento Nacional com arquitetura gótica e barroca.

A Capela do Ossos
A Capela data do século XVII e foi construída por monges franciscanos, com ossos de cadáveres de cidadãos de Évora, com intuito de passar a mensagem da transitoriedade da vida. As paredes e os oito pilares da Capela estão “decorados” com ossos e crânios. Estima-se que existam cerca de cinco mil ossos, entre crânios, vértebras, fêmures e outras partes do corpo humano.

“Nossos ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”
Na entrada da Capela existe um aviso famoso, onde os turistas se divertem tirando fotos e que diz: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. Além da questão filosófica envolvida na construção da Capela dos Ossos, havia uma questão prática, pois foi também uma tentativa de diminuir os espaços ocupados pelos cemitérios da cidade. Os esqueletos foram retirados dos cemitérios e usados para construir e decorar a Capela.

Pastel de Nata
Voltamos ao Templo Romano de Évora para encontrar com o Deco (nosso motorista brasileiro). Entre becos e ruelas, paramos para provar o Pastel de Nata, uma das iguarias mais famosas de Portugal, mais conhecido como Pastel de Belém, pois a sua receita original vem de uma doceria desse famoso bairro de Lisboa.

De volta ao Chiado
Pegamos a estrada de volta para Lisboa. Voltamos ao Bairro do Chiado, pois tínhamos deixado compras pendentes numa loja de porcelanas.

O Rio Tejo
Descemos as ladeiras do Chiado mais uma vez e fomos caminhando pela Rua Augusta até a charmosa Praça do Comércio, ao lado do Rio Tejo, que teve um papel fundamental na história de Lisboa. O Tejo é o maior rio da Península Ibérica. Nasce na Espanha e deságua em Lisboa, no Oceano Atlântico, num imenso estuário, o que possibilitou o desenvolvimento da navegação portuguesa nos séculos XV e XVI. Foi daí que saíram as grandes navegações que descobriram o “Caminho Marítimo para as Índias” e o Brasil.

As arcadas da Praça do Comércio
Entramos na Praça do Comércio por um “arco do triunfo” que a conecta com a Rua Augusta. Nos entornos da Praça existem uma série de prédios públicos com arcadas e no centro, uma estátua do Rei José I.

O bolinho de bacalhau
A Praça é cercada de bares e restaurantes. Sentamos num bar/restaurante para provar o excelente bolinho de bacalhau com recheio do famoso queijo da serra. Uma iguaria de Portugal, que se encontra nos principais pontos turísticos do país.

De volta ao “Lugar Marcado”
Depois de aproveitar o “clima” de verão da Praça do Comércio, decidimos não arriscar e seguimos, pela segunda vez, para o Restaurante Lugar Marcado, onde tínhamos ido na noite anterior e tivemos uma experiência inesquecível, com um atendimento especial, no Bairro D’Alfama. Fomos provar o Porco Preto e o Pato, do cardápio. Voltamos andando para o hotel.
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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.