Sintra, uma vila de palácios e Reis
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- joaquimnery
- 3 de dezembro de 2022
- Europa Portugal Super Destaque
1º de julho de 2022
Partindo para Sintra
No terceiro dia em Lisboa, voltamos a nos encontrar com o André Andrade (Deco), um motorista baiano que nos acompanhou durantes esses últimos dois dias de Lisboa. O Deco nos pegou no Lisboa Prata Boutique Hotel, no centro da cidade, pela manhã e seguimos direto para Sintra pela Rodovia A 37. São aproximadamente 30 km, que fizemos em pouco mais de meia hora.

Sintra
Sintra fica numa região de serra, nos arredores de Lisboa, com paisagens exuberantes e uma arquitetura encantadora. Jardins e palácios compõem o charme da cidade. A paisagem especial fez de Sintra um local desejado pelos reis de Portugal, que construíram aí, vários palácios e residências de verão. A cidade é acidentada, possui inúmeras ladeiras, repletas de lojinhas charmosas o que atrai turistas o ano inteiro. Sintra é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

O Parque da Pena
Seguimos direto para o Castelo da Pena, a maior atração de Sintra e que atrai milhares de visitantes todos os anos. A subida para o castelo se dá por uma estrada estreita e cheia de curvas. Paramos num estacionamento ao lado do Parque da Pena, o antigo jardim do Castelo. Essa é uma boa forma de iniciar a visita ao complexo que inclui o Castelo da Pena. Uma pequena caminhada entre uma vegetação exuberante e um jardim muito bem cuidado, com várias trilhas para serem percorridas, com mirantes e fontes de água.

Problemas com o “over turismo”
Quando chegamos à base do Palácio da Pena, havia uma fila gigantesca. Não tínhamos adquirido os ingressos com antecedência e a solução foi esperar a fila andar lentamente. Atualmente, os principais atrativos turísticos do mundo sofrem uma grande pressão desse “over turismo”. Quando pretendemos visitar um lugar especial, como o Palácio da Pena, o ideal seria ter adquirido os ingressos antecipadamente. Não fizemos isso, pois queríamos ficar com um tempo mais livre. A solução foi aguardar na fila.

Desistimos do interior do Palácio
Depois de mais de uma hora na fila, conseguimos entrar no Castelo, que estava superlotado. A visita era feita em “fila indiana”, não conseguimos relaxar, pois estávamos saindo de um momento de pandemia. No interior do Palácio existem vários cômodos com mobiliário de época, que funciona como um museu em seu próprio sítio. Desistimos na segunda sala e fomos direto para os terraços do Castelo, que por sinal, é o ponto alto da visita.

O Palácio da Pena
O Palácio da Pena fica num dos picos mais altos da Serra de Sintra. Externamente é muito colorido, possui uma arquitetura única. Uma construção espetacular. Foi erguido no século XIX para D. Fernando II, o “Rei Artista”, na época, viúvo da rainha Maria II, filha de D. Pedro I do Brasil. Era um castelo de verão com excentricidades do mundo inteiro, o que lhe deu estilos diferentes e um colorido especial. A sua localização no alto da colina completa a obra especial, pois possui terraços com vistas espetaculares.

O Castelo dos Mouros
Depois que saímos do Castelo da Pena, desistimos de visitar o Castelo dos Mouros, outra grande atração da região, pois não teríamos mais tempo para fazer tudo o que tínhamos planejado.

A Quinta da Regaleira
Preferimos seguir direto para a Quinta da Regaleira, a segunda atração mais importante de Sintra. No caminho, pegamos de volta a estrada estreita de montanha, com muitas curvas e ladeiras, até chegar na propriedade. A Quinta da Regaleira pertenceu ao milionário Antônio Augusto Carvalho Monteiro, apelidado de Monteiro dos Milhões. Foi construída no final do século XIX, na encosta da Serra de Sintra. Hoje se transformou numa espécie de parque/museu. Possui um jardim espetacular recheado de simbolismos históricos, místicos, religiosos. A visita segue uma trilha pela propriedade, com direito a várias atrações como lagos, grutas e construções enigmáticas e misteriosos ligados a maçonaria, cavaleiros templários, etc.

O Poço Iniciático
Uma das atrações da visita à Quinta da Regaleira é um poço profundo que foi mandado construir por Carvalho Monteiro. É uma galeria subterrânea com escadaria em espiral, com nove patamares separados por 15 degraus cada um e que tem uma relação direta com os poemas do “Inferno de Dante”. São os 9 círculos do inferno, do Paraíso ao Purgatório. No fundo do poço, uma Rosa dos Ventos e uma Cruz Templária fazem referência à Ordem Rosacruz.

A Capela da Santíssima Trindade
É denominado Poço Iniciático, pois acredita-se que era utilizado em rituais de iniciação à maçonaria. O Poço está ligado a várias galerias, túneis e outros pontos importantes da Quinta, como o Palácio, a Torre da Regaleira e a pequena Capela da Santíssima Trindade, um tesouro da arquitetura manuelina. Saindo da Quinta da Regaleira, fomos até o centrinho da cidade de Sintra, onde paramos para fazer um lanche numa padaria recomendada, onde são feitos pães especiais.

Leia mais:
- Antônio Augusto Carvalho Monteiro
- Capela da Santíssima Trindade
- Castelo dos Mouros
- Cruz Templária
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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.