As Olimpíadas de Londres 2012
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- joaquimnery
- 3 de setembro de 2012
- Destaques Europa Inglaterra
Chegamos a Londres dois dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos de 2012. Foi uma coincidência. Não tínhamos programado ir às Olimpíadas e por isso não adquirimos ingressos para os jogos previamente. Foi um erro. Estar numa olimpíada é algo imperdível. Pena que só percebi isso depois que cheguei por lá.

Londres estava completamente lotada. Gente do mundo inteiro. As competições aconteceram em vários lugares, porém a maior parte delas estava concentrada no Parque Olímpico. Chegar até lá não era difícil, a cidade estava totalmente sinalizada e além disso existiam voluntários por toda parte dando informações.

Pegamos o metrô pela Central Line e saltamos na estação de Stratford. Ao lado da estação havia um grande Shopping Center, que dava acesso ao Parque.

Morrendo de inveja decidimos tentar conhecer o Parque Olímpico. Pegamos o metrô e seguimos para lá, mas não tínhamos os ingressos de acesso ao Parque. Tivemos que voltar, pois não havia estrutura de venda por lá. Aliás, comprar ingressos para as Olimpíadas de última hora era uma roubada. Nem pelo site conseguimos.

Recebemos uma informação de que uma Agência brasileira era a única autorizada a vender tickets para os brasileiros. Localizamos o endereço da Agência (Tamoio), ficava num hotel no centro de Londres e seguimos para lá. O nosso objetivo era apenas entrar no Parque para conhecer as instalações, sabíamos que havia um ingresso de 10 libras que dava acesso. Se possível, gostaríamos de assistir a alguma competição de atletas brasileiros.

Chegamos na Tamoio por volta do meio-dia. Uma “recepcionista” anotava de caneta, num pedaço de papel, o nome das pessoas que iam chegando. Depois ia chamando em voz alta aqueles que estavam na vez. Existiam na antessala, aproximadamente 30 pessoas, sentadas pelo chão. A estrutura era péssima. Nenhuma decoração, nenhuma imagem dos jogos, nenhuma sinalização. Quando demos o nome éramos o número 49 e a recepcionista estava chamando o 29. Esperamos cerca de duas horas e ainda não tínhamos sido chamados. Desistimos e saímos indignados com a péssima qualidade do atendimento.
Já do lado de fora decidimos parar para um lanche que demorou aproximadamente meia hora. Quando terminamos decidimos tentar de novo, para ver se a nossa vez havia chegado. Quando subimos estávamos por três nomes. Decidimos esperar e fomos atendidos. A “recepcionista” nos colocou numa sala com algumas outras em atendimento. Quando fomos atendidos dissemos que queríamos o ingresso para entrar no Parque. Para surpresa nossa fomos informados, 2 horas e meia depois, de que eles não vendiam esse tipo de ticket.
Decididos a conhecer o Parque perguntamos se havia algum jogo do Brasil. Não havia. Perguntamos qual o jogo mais barato que daria acesso ao Parque. Conseguimos comprar um jogo de handebol feminino entre Angola e Croácia. Foi ótimo e nos possibilitou conhecer o Parque. Torcemos por Angola que perdeu o jogo, porém apertado.

Na entrada uma bateria de acessos com forte conferência nas bolsas e sacolas. Foi uma ação preventiva anti-terrorismo das Olimpíadas. Lá dentro espaços amplos e tudo muito bem organizado e sinalizado. Várias arenas como as de vôlei, de handebol e de basquete. Uma ampla área de alimentação e várias lojas de lembranças das Olimpíadas.

Num imenso gramado ficavam dois grandes telões onde as pessoas podiam assistir algumas provas como natação e atletismo.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.