Florença, a cidade dos Medici
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- joaquimnery
- 21 de setembro de 2013
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- Destaques Europa Itália
24 de junho de 2008
Chegamos a Florença no dia 24 de junho, dia de São João. Na Europa essa data é comemorada em vários países por motivos diferentes, mas a chegada do verão é quase sempre o mais importante. Batemos de frente com um desfile cívico, no qual os moradores da cidade se apresentavam publicamente usando roupas medievais. Tudo isso combinava com a áurea de Florença, o terceiro maior destino turístico da Itália.

Florença fica no coração da Toscana e nas margens do Rio Arno. O seu passado está ligado à explosão artística do Renascimento Cultural na Europa tendo sido transformada numa das principais capitais artísticas do mundo. Aí viveram ícones como Botticelli, Michelangelo e Donatello.

Florença na Idade Média, foi um fortíssimo centro comercial, e ampliou a sua riqueza e poder a partir de um inovador e influente setor bancário. Foi nesse ambiente que a família Medici, formada por uma dinastia de banqueiros, chegou ao poder econômico, na região, no final da Idade Média.

Os Medici dominaram Florença por trezentos anos e a cidade foi o coração cultural e intelectual da Europa. Patrocinavam as artes e os artistas, pintores, escultores e arquitetos vieram viver em Florença, deixando na cidade um legado intelectual sem igual.

A parte histórica da cidade pode ser visitada a pé. A Praça do Duomo de Santa Maria del Fiore fica no centro de Florença. A Catedral é o edifício mais alto da cidade e a quarta maior da Europa. A cúpula de telhas alaranjadas é um dos símbolos de Florença.

O campanário da Catedral é obra de Giotto, possui 85 metros de altura e é completamente revestido por um mármore branco, verde e rosa da Toscana.

Na frente da Catedral fica o Batistério, um dos tesouros de Florença. O Batistério é um prédio menor, ricamente decorado, com portões de bronze maravilhosos. O Portão Leste é a obra prima de Lorenzo Ghiberti. Foi denominado por Michelangelo de Portão do Paraíso e é considerado como uma das primeiras obras do Renascimento.

O portão que está hoje no Batistério é uma réplica. O original está exposto no Museu dell’Opera del Duomo. O portão de Ghiberti é esculpido em baixo relevo, com uma grande ilusão de profundidade.


Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (4)
agenor g Oliveira
23 jan 2018Corrigindo: o nome do (belíssimo/extraordinário) poema é “Ode a um poeta morto” (homenagem de Raul de Leoni a Olavo Bilac…).
agenor g Oliveira
23 jan 2018“… Nos belvederes do Arno andam as grandes damas, Lucrezia, Smeralda, Simonetta…” (in “Onde a um poeta morto” – Raul de Leoni).
Quando estivemos em Florença (julho de 2011), ao descer da Piazzale Michelangelo, aproximando-me do Rio Arno, lembrei-me imediatamente dos versos acima transcritos (no poema citado existem vários outros versos que mencionam Florença)…
Foi emocionante a (pequena) estadia em Florença… De uma forma geral, tenho-a como a mais bela cidade da Itália, sem desconsiderar outras (Roma, Veneza, Verona, etc.). Abraços e parabéns pelo blog….
JCDattoli
18 dez 2014Caro conterrâneo Joaquim, vi essa matéria sobre Florença e gostei bastante. Tanto é assim que estou replicando no meu blog (www.obemviver.blog.br) amanhã. Parabéns por essa e pelas outras tantas postagens bacanas no seu blog de viagens!
Abração.
anisioluiz2008
21 set 2013Republicou isso em O LADO ESCURO DA LUA.