O Fiorde de Lyse
- 3189 Views
- joaquimnery
- 18 de outubro de 2016
- Destaques Europa Noruega
11/07/2016
Acordamos com o corpo dolorido em função da trilha radical do dia anterior. Subir na Pedra do Púlpito foi uma aventura inesquecível, deixou marcas no corpo e na alma.

Saímos para um giro por Stavanger. Descemos até o porto, na parte antiga da cidade e decidimos comprar tickets para um passeio pelo Fiorde de Lyse, o objetivo era ver a Pedra do Púlpito mais uma vez, só que agora, por baixo, a partir do fiorde e torcer para que tivéssemos um dia com tempo bom e boa visibilidade.

O passeio leva três horas. Saímos do porto de Stavanger e a paisagem, já na saída é muito bonita. São muitas ilhas e canais formados pelos fiordes locais.

Entramos no Fiorde de Lyse, que possui 40 quilômetros de extensão, com uma profundidade mínima de 13 metros, mas que pode chegar a 530 metros no seu local mais profundo. Pelos imensos paredões que ficam a seu redor, é considerado um dos fiordes mais bonitos da Noruega.

Em alguns trechos, caem cachoeiras diretamente sobre o mar.

O que mais chama a atenção no Fiorde de Lyse é a visão da Pedra do Púlpito. A Preikestólen possui 604 metros de uma rocha que na sua parte mais alta tem um formato vertical, lembrando um púlpito, o que lhe deu o nome apropriado.

O dia estava nublado com chuvas esparsas, no alto do paredão, a neblina escondia a Pedra do Púlpito. De vez em quando ela aparecia e o momento era especial, pois fomos ali para isso. O barco fica parado por um tempo em frente à Preikestolen e todos sobem para o convés para ver e fotografar a Pedra do Púlpito. Valeu muito a pena.

O passeio continua um pouco mais, pelo fiorde a dentro, até uma bela cachoeira que cai direto no mar. O barco encosta na cachoeira e os tripulantes coletam a água que está caindo e oferecem aos turistas, como prova da pureza da água.

Quando voltamos do passeio de barco, almoçamos num dos inúmeros restaurantes que existe por aí na beira do porto. O prato preferido foi mexilhões com molho de vinho branco e queijo. Uma especialidade de Stavanger.

Após o almoço foi a vez de devolver o carro que tínhamos alugado da Hertz. Deixamos num escritório ali perto do centro e voltamos para circular por Stavanger. A cidade é muito charmosa. Casas coloridas dos séculos XVIII e XIX. Essa é uma marca da Noruega e em Stavanger é bem visível. Acredito que seja uma forma de contrastar com o preto e branco do inverno.

Uma das atrações turísticas de Stavanger é o Museu do Petróleo. A cidade é conhecida como a capital do petróleo e da energia da Noruega e o museu possui um acervo sobre a história do petróleo no país. Não chegamos a visitá-lo, pois não tivemos tempo suficiente para isso, mas parece ser uma boa pedida.

O centro da cidade é pequeno e compacto. Dá para fazer tudo a pé. O casario de madeira é encantador. Estávamos ainda muito cansados do dia anterior. Jantamos no hotel. Amanhã iríamos sair de madrugada para Copenhague.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.