Chegando à Reserva Masai Mara no Quênia
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- joaquimnery
- 13 de setembro de 2015
- 4
- Quênia
07 de agosto de 2015
Saímos às 7:30h de Nairobi, com destino à Reserva Masai Mara, que fica 300 quilômetros a sul da capital do Quênia. Passamos pela região mais pobre de Nairobi, uma grande quantidade de favelas, na periferia da cidade. Pegamos uma estrada razoável até a entrada do Parque Nacional Masai Mara.

No caminho fizemos uma parada, num mirante sobre o Great Rift Valley, uma imensa fenda geológica que vai desde Israel, no Oriente Médio, até Moçambique, no sul da África. O Great Rift Valley possui 9.600 quilômetros, quase toda a extensão do continente africano.

A placa tectônica formada pela África, está sendo dividida ao meio e a prova geológica disso é a Great Rift Valley. Uma área sísmica de atividade moderada, mas cujos estudos geológicos comprovam essa teoria. No futuro, surgirá um oceano separando a porção oriental, do restante do continente africano.

Seguimos adiante e apenas fizemos mais uma parada, num grande centro de artesanato, na cidade Masai de Narok. As cidades Masai são raras. A maioria desse povo vive em pequenas tribos ou vilas, no campo, criando gado, ovelhas e cabras.

A cidade Masai de Narok, surgiu, provendo de mão-de-obra, uma grande área agrícola que existe ao redor, com cultivo intensivo de trigo, milho e outros produtos. Hoje, impressiona pela circulação frenética de pessoas e uma intensa atividade comercial. Vivem aí, na cidade Masai, cerca de 40 mil pessoas.

Após três horas de viagem, chegamos à entrada da Reserva Masai Mara. Na entrada do Parque, o nosso carro foi “atacado”, por mulheres Masai, pobres, pedindo esmolas e que insistiam em vender produtos artesanais, através de um assédio desagradável.

O acampamento onde iríamos ficar nessa primeira noite na Reserva Masai Mara, fica próximo à entrada do Parque. Chegamos ao Tipilikwani Mara Camp, aproximadamente às 14h. O acampamento possui 20 barracas/quartos.

As barracas parecem quartos de hotel. São amplas, com água quente e corrente, mas as paredes são de lona tensionada. Esse estilo é uma das condições para as concessões dos acampamentos. O objetivo é a preservação do Parque, que deve ter o menor número de edificações fixas possíveis. Num acampamento como esse, há qualquer momento, pode-se retirar as barracas e a área é devolvida à natureza.

A tenda é ampla, com duas camas de casal e um amplo banheiro, hospeda até quatro pessoas confortavelmente.

Após o almoço, descansamos um pouco e saímos para o primeiro safari, às 16h. Normalmente, nesses acampamentos, são feitos dois safaris fotográficos por dia. Um, que sai pela manhã bem cedo e o outro no final da tarde. O objetivo é encontrar os animais nas horas menos quentes do dia, quando os predadores saem para caçar e as chances de presenciarmos boas “cenas”, são maiores.

Toda a região é formada por uma imensa área plana, com vegetação de savana. As pastagens são abundantes e os arbustos e árvores menores espalhadas pela paisagem. Esse tipo de vegetação atrai uma grande quantidade de animais herbívoros e consequentemente uma grande quantidade de predadores. É a farra da vida.

A Grande Migração dos animais é um fenômeno contínuo que acontece entre o Quênia e a Tanzânia, nessa área do planalto africano. A Linha do Equador, quase que coincide com a fronteira entre os dois países. O Quênia está no Hemisfério Norte e a Tanzânia no Hemisfério Sul. Ao redor das fronteiras entre os dois países, os climas são tropicais, que se caracterizam por chuvas de verão e secas de inverno. Como Quênia e Tanzânia estão em hemisférios opostos, o verão e o inverno, acontecem, também em períodos opostos. Portanto, quando chove no Quênia é a estação seca da Tanzânia e vice-versa. Os animais migram em busca das pastagens verdes dos períodos chuvosos, por isso estão o ano inteiro passando do Quênia para a Tanzânia e da Tanzânia para o Quênia.

Chegamos em agosto, portanto era verão ao norte do Equador. Estação chuvosa no Quênia e seca na Tanzânia. Nessa época do ano, cerca de dois milhões de animais, entre gnus, zebras e topis migram da Tanzânia para o Quênia.

A Reserva Masai Mara estava em festa. A pastagem verde das savanas atrai as grandes manadas de zebras e gnus, nessa época do ano. É o período em que a Grande Migração chega por aí. Os gnus e as zebras pastam juntos, a excelente visão da zebra e o olfato do gnu se completam na defesa em relação aos predadores.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (4)
joaquimnery
13 maio 2018Olá Carla,
Eu fui de carro, através de um programa montado pela agência Via Alegria contato@viaalegria.com.br (71)3797-6130.
Um abraço,
Joaquim Nery
Carla Morais
11 maio 2018Será que você me podia dar indicação de como foi de Nairóbi para a reserva Maasai? Alugou carro e foi sozinho ou foi em alguma excursão? Se sim pode me passar esses dados! Gostei mto do seu post
Beto Carlos
10 maio 2016africa deve ser visitada por tõdos
mariel
14 set 2015Barbaridade de lindo