Chegando ao Museu do Louvre
- 8698 Views
- joaquimnery
- 1 de julho de 2013
- Destaques Europa França
Saímos pela manhã objetivando visitar o Museu do Louvre. O show começa nas estações do metrô que acessam o Museu, pois existem algumas obras de arte expostas já a partir daí. Acessamos o Louvre pelo Carrousel du Louvre, um conjunto de galerias com lojas transadas, de objetos, decoração e lembranças do museu e praça de alimentação que fica num subsolo anexo ao Louvre. É uma opção alternativa de entrada ao museu, para quem chega de metrô ou pelo acesso da Rua Rivoli, 99 . Por aí, normalmente as filas são menores.

Aí no Carrousel du Louvre fica a base da Pirâmide Invertida, local de encontro das duas pirâmides, que ganhou fama com o livro O Código Da Vince, de Dan Brown. Era aí no encontro das pirâmides que ficava o segredo maior do autor, no livro que faz referência ao Santo Graal e à Irmandade de culto a Maria Madalena. A Pirâmide Invertida na realidade, foi uma solução estética e arquitetônica para jogar luz natural nessa área do subsolo e da galeria.

A entrada principal do Museu do Louvre é pela belíssima Pirâmide de Vidro, projetada pelo arquiteto Americano, de origem Chinesa, I. M. Pei. A pirâmide foi totalmente construída por pedaços de vidro, são 603 peças em losangos e 70 peças triangulares. Foi encomendada pelo Presidente Francês François Miterrand em 1984. Possui uma altura de 20,6 m, com uma base quadrada de 35m de cada lado.

A Pirâmide leva a um átrio subterrâneo criado para solucionar os problemas de acesso ao museu que já não suportava mais a grande quantidade de visitantes que recebia. No subsolo fica o grande salão de entrada do museu. Existem várias baterias de máquinas de autoatendimento e bilheterias, que facilitam a aquisição do ingressos.

A construção da Pirâmide provocou polêmicas e críticas de descontentes que achavam uma interferência excessivamente modernista para um edifício de enorme importância e conteúdo histórico, chegou a ser taxada de “obra faraônica” de François Miterrand. Outros acham a pirâmide, uma sintonia perfeita entre o clássico e o moderno. A transparência do vidro preservou a visão do edifício.

O museu fica no Palácio do Louvre, o antigo Palácio Real da França, na margem direita do Rio Sena, numa continuação dos Jardins das Tulherias. O palácio é enorme, tem uma forma arquitetônica de “U”, começou a ser construído no início do século XII pelo Rei Filipe Augusto, como uma fortaleza. Com o passar do tempo, foram anexadas várias áreas ao Palácio do Louvre, por Francisco I, Henrique IV, Luiz XIV e Napoleão, dentre outros governantes franceses.

Hoje o palácio magnífico, que foi sede do governo francês até o reinado de Luís XIV, quando perdeu essa função para o Palácio de Versalhes, precisa ser observado com cuidado, pois a sua grandeza e elegância fica ofuscada pelo magnífico acervo do Museu do Louvre e quase ninguém nota a importância e exuberância do edifício.

O Louvre é um museu gigantesco, para visitá-lo é importante estabelecer uma estratégia de prioridades e levar em consideração o tempo que se quer passar no museu. Escolhemos a nossa e seguimos o mapa de visitação em busca do que queríamos ver.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.